domingo, 31 de agosto de 2014

Você acha?



Você acha que sinto falta dos teus olhos castanhos redondos?
Lógico que não. 

Você pensa que eu sinto saudades dos teus abraços apertados matinais? 
Não. 

Você nem imagina, mas eu não sinto nenhuma falta da tua gargalhada. 
Muito menos dos teus beijos que invadiam até o âmago da minha alma. 

Eu não sinto tua falta. 
Não. 
Óbvio que não. 
Mil vezes não.
Jurei a mim mesmo não sentir mais falta de ninguém além de mim. 
E continuo com esta promessa de pé.

Eu sinto falta é de mim quando eu estava com você. 
Eu sinto falta da minha cara de boba quando eu te via chegar. 
Eu sinto falta das borboletas, águias e até dinossauros no meu estômago quando você dizia me amar para vida inteira. 
Eu sinto falta do brilho dos meus olhos ao entrelaçar meus dedos aos teus e caminhar pela noite como se andasse pelas estrelas.

Ainda insisto, porem recuso, cada vez que escuto sua música.
Estranho, ela já prenunciava o fim de um belo começo.
Insiste. Magoado.
Meu rádio parece ate saber a hora de me magoar.
Maldito.

Estamos em agosto e, assim como você, ainda não voltei também.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em todos os lugares



Malandra é a saudade
Que mata e ainda sobrevive
dentro de mim.

Abandonei tantas coisas....
Não sabia que tinha tanta coragem,
Tanta força....

Mas nem tenho saudade disto.
Tão cansada que eu estava.
Nem as paisagens mais me recarregavam.

Juro, lutei.
Mas pessoas inteligentestambem sabem a hora de fechar ciclo.
Descansar, agora preciso.
Uma decada sem olhar para a mim.

Agora mereço um pouco pra mim...

Não há mais como deter o amanhecer,
depois de tantos invernos em mim...