quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Midnight Sun





Eu devia a ela fazer a coisa certa agora; não podia mais fingir que estava só em perigo de
amar essa garota.
E mesmo assim, não importava realmente se eu fosse embora, porque Bella jamais me veria
do jeito que eu queria que ela visse. Ela nunca me veria como alguém que merecesse ser
amado.
Nunca.
Um coração morto, gelado, podia ser despedaçado? Parecia que o meu podia.
- Edward. - Bella disse.
Eu congelei, encarando seus olhos fechados.
Ela tinha acordado, me visto aqui? Ela parecia adormecida, mas sua voz tinha sido tão
clara…
Ela suspirou calmamente, então se moveu inquieta outra vez, rolando de lado - ainda
dormindo e sonhando.
- Edward. - ela murmurou suavemente.
Ela estava sonhando comigo.
Um coração morto, gelado, podia bater de novo? Parecia que o meu podia.
- Fique. - ela suspirou. - Não vá. Por favor… não vá.
Ela estava sonhando comigo, e nem era um pesadelo. Ela queria que eu ficasse com ela, lá
em seu sonho.



Eu lutei para achar palavras para nomear os sentimentos que me invadiram, mas não
existiam palavras fortes o suficiente para descrevê -los.

Por um longo momento, me afoguei neles.
Quando eu emergi, não era o mesmo homem que havia sido.



Minha vida era a meia-noite, sem mudanças, sem fim. Deveria, por necessidade, sempre ser
a meia-noite para mim. Então como era possível que o sol estivesse nascendo agora, bem
na metade da meia-noite?


Livro Midnight Sun da Stephanie Meyer



Musica: Standing Next To Me do The Last Shadow Puppets

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Inside the shadows



Quem sou eu? O que sou?

Realmente acordei nova e disposta a descobri...
Vago pelas sombras a procura de algo familiar, estranhamente familiar. Não sou eu,mas outra pessoa, distinta e indivisivel...será que virei humana?

Ainda lembro, por vagos tempos, os estigmas carregados:Medo de chorar na frente das pessoas, rigidez,impaciencia maquiavelica.
Já choro sem me importar com olhares, me calo em meio ao calor das discussões e sem ardilosamente pensar em frases indelevelmente destrutivas, aceito o deixar ser alguma coisa.

O que mudou... nao sei... não foi o externo, foi meu mundo particular. Meus paradigmas meu erros e acertos viraram um emaranhado,confuso e amorfo.

Sou eu mesma? Corpo sim, mente talvez, mas sentimentos não.
Espanta sentir textura de paisagens, tocar sem ser tocada.

Espaçamento entre as sombras? Poderei ver a luz?
Vagarosamente me permito ver relacionamentos transpaçados... em que agora todos foram cortados... filho sem mãe,homem sem patria... Parece finalmente o cumprimento da promessa velada a tantos anos.
O passado ta ali, evidente, ardente... mas sem mais seu peso... estou estranhamente leve.

Me olho novamente: a dualidade interna, tipica de tantos verões, deu lugar a uma estabilidade, unica e certeira... ser apenas o que sou.

Feliz? Não sei. Este novo corpo, puramente mental-emocional, trata de forma atipica os sentimentos.
Aquela sensação de que a tantos anos me acompanhava: o desacoplamento entre o mental e emocional, hoje nao existe.

Não sei nada.... tenho uma natureza estranha, complexa e ilimitada...

Eu nao me reconheço mais...


Musica do dia: 1 minuto - Negra li
Comentario:Tem uma letra tão linda e bem trabalhada que nao dá pra nao chorar toda a vez q se ouve

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Shine




Queria muito parar de brigar, brigar com as pessoas que mais gosto, retirar a frieza constante do meus olhos. Queria, mas eu já não estava mais no comando.Queria entender,mas em mim a coerencia não era compativel com a atual logica.
Tranco meus pensamentos, calo-me, me guardo e retiro. Ando tão calada que visivelmente não sou a mesma.

A mudança é interna. Não é visivel aos olhos humanos, tal como a impraticabilidade de torna-la frutos,palavras.

Era eu, uma brasa incandencente, queimando lentamente todo o meu ser.Não tem piedade em nenhum canto do meu ser.
Já nao sabia se era dia ou noite dentro de mim, não me importava mais...

sabia que havia esta metamorfose, impossivel em outras epocas. Não tive mais escolhas, o tempo cavalgava contra mim, me empurrando, me fazendo tomar escolhas.

Não era justo, esta corrida contra este inimigo chamado tempo não me fazia mais forte, apenas mais rapida pra decidir o caminho com provaveis menos erros. Mas ainda continuava a mesma menina, sozinha e sedenta por vida, com medo e arisca.

A menina continua ai, mais coerente mais rapida, mas não sem medos. Não sabia o que estava por vir. Mas eu sei que elas viria. Da mesma forma que é impossivel impedir o amanhecer após a mais longas das escuridões.
Mas o que me tornaria agora?

Não é possivel imaginar o que encontrar. Nem sei se os meus olhos estão preparados pra ver tamanha luz...Suportaria ver tamanha luz?

Mas agora, não mais havia medo. Todas as tentativas haviam sido perdidas até hoje. Não havia outro jeito, outra tentativa que arriscar.

Sim, arriscar numa mudança dolorosa, lenta e sem direção. Como uma lagarta, que mesmo com medo, aceita a mais incrivel transformação... Poderia sair um anjo, poderia sair um monstro... como poderia saber?
Eu estava voltando pra casa

É este o sentimento que cambaleia por entre meus pensamentos, tornando-os sem nexo e nem ao minimo familiar.

Há duas de mim, uma de guarda, como uma mãe que protege seu filho, esta protege do mundo alheio e suas mesquinhezas.Esnoba e não pondera na hora de atacar.
Outra fragil, combalida,recuperando-se das feridas durante longos anos.Mas não era feridas frias ou secas, eram feridas abertas que ainda sagravam.... sim, ainda sangram.

Percorri cada minuto da minha existencia e nunca vi tamanha transformação. Ela pairava nos olhos, nas palavras ocultadas, no sentido subentendido.

Aquela, estendida no chão não só apenas estava curando suas dolorosas chagas; um veneno percorrera suas entranhas... ela nao era a mesma, não era a mesma nem em forma nem sentido.

Já não era eu, podia sentir...
há algo de novo aqui...um brilho raro dentre a escuridão.


Não há mais nada meu aqui...




Musica: Shine do Blue Foundation

domingo, 4 de janeiro de 2009

Estado de sitio




Existe algo que não cabe mais em mim,
Mesmas pessoas, mesmos lugares
Tudo mudou, aos meus novos olhos.

Vago por entre luas
semi-cheias.

Perdi meu sorriso
no lugar onde me encontrei.

Ainda não sou eu,
estado de sitio.

O medo percorreu o mais intrínseco do meu ser
Me vi da maneira mais pura que pude
como um cristal a luz do amanhecer.

E nem o que me tornava
a mais humana dentre as humanas
sobrou.
Não consigo me agarrar ao passado,
aos axiomas pregados nas portas,
nem aos limites do medo.

Tudo é extremamente sensorial,
extremamente novo,
mais profundo, mais surreal,
mais longínquos que este plano mundano.


Não sou mais eu,mas alguem alem de minhas percepções,
Voltando pra a minha verdadeira casa,
onde encontro minhas verdadeiras verdades.
De volta a minha verdadeira alma
de volta a minha verdadeira casa.

Em algum lugar, escuto uma familiar voz,
chamando-me
irei em breve encontrar-te, muito em breve...


Musicas de viagem:

Soundtracks do Twilight


Full Moon do The Black Ghosts - Perfeita pra viagens

http://www.youtube.com/watch?v=QBshn_IYImc

Bella's lullaby do Carter Burwell - Otima pra dormir e deitar ao lado do lago, vendo os passaro a volta

http://www.youtube.com/watch?v=X3dPEND3QeU