quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Wait






Enfadonho quando me dão uma Superinteressante. Irritavel a "ciência" dela.

Murmurios pela rua.

Quero mais que o mundo se exploda - disse eu num breve comentário mental sobre a "incrivel" data de 12/12/12.

Grande porcaria!

O sol ainda continuou a me machucar.
Porque ele não explodiu  em 12/12?
Inferno.

Quem manda ser tão frágil com uma saúde duvidosa?


Deveria ter mais horas a noite do que o dia. A penumbra é deliciosa e viciante.

Gosto da cor de creme que fica o quarto com o abajur.
O espaço fica tão denso, quieto, sentimental.
Os cachos do meu cabelo recai sobre os ombros desnudos, descompromissadamente.
Olhos aberto, suaves.
O suave algodão as pontas dos dedos.
A música doce percorre o ambiente.
A chuva, que jamais esqueci.

Estremeço com as minhas sensações.
São tão puras, tão limpas, tão excitantes.

Ainda me pergunto porque os homens necessitam tão desesperadamente o sexo.
Isto tudo não basta?

Certas visões me preenchem muito mais que qualquer desejo físico.
Posso passar horas decorando, e ainda seria pouco perante a eternidade do momento.

É estranho para mim tanta modernidade. - Lembrando com um certo asco as meninas que sai na noite com vários homens.

Só de pensar em ter mais de um na minha vida, um frio a minha espinha - Repentinamente meus instintos explodiram de tal forma a fazer a cadeira cair.

Não, isto não foi o que eu quis pra mim,nunca.
A cara enruga negativamente só de cogitar.

Clichê, não é mesmo.
Dane-se - Gritou minha mente bem alto.

Por várias vezes acreditei que os homens se afastavam de mim pela minha posição dura em certos assuntos.
Nunca cedi, felizmente.
Raridade sempre foi para poucos... quer dizer, para raros.

Mas vc já não foi casada? - Um intrometido pergunta.
Viver junto não é casar. Quando esta decisão tiver tomada, algum dia, será irrevogável  E eu ainda não me casei, disto é fato. - Rispidamente respondi.


De fato,sou caprichosa,talvez mais do que deveria.
Orgulhosa demais, por não ter cedido a caprichos de homens.
Acho que as pessoas nunca vão entender o quão fiel e teimosa eu sou quando quero.

O silêncio, a delicadeza, o mistério sempre me penetraram mais que qualquer outro detalhe físico.

É, sou do milênio passado... quem sabe eu encontro minha outra parte em um antiquário qualquer.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

E agora?






Definitivamente, odeio calor.

Odeio o brilho excessivo, doi na minha retina.
Como alguem pode sequer gostar de suar em bicas e tostar feito frango a passarinho a beira mar?
Pessoas são estranhas, definitivamente - pensei eu ao cruzar uma praia lotada.
Ainda prefiro o nublado, o cinza do céu me acalma.

Confusa por vezes, meu padrão de gostos é algo muito atipico.

Nunca foi a toa que minhas histórias foram fora do padrão - Eu teria que sempre ter um padrão fora do padrão. Sempre o 1% que não encaixa em nada.

Cômico.

Andar sem rumo sempre foi um deles, meus dois pés esquerdos sempre me levaram a lugares estranhos.


Dois cachorrinho na porta da loja esperando que algum comprador.
Dois pequenos e doces labradores

Seus olhinhos eram de dar pena. - 500 reais ! - Gritavam seu preço.
Como alguem poderia trancafiar e vender uma vida? - Infelizmente todos temos nossos preços e pesos.

Esticando a mão por dentro das grades entrelaças, acaricie-os me perdendo em seus pelos e minhas memórias.
Lembrei do meu antigo amor.
A mesma doce e tênue sensação do amor por amar e da pena por não poder libertar.

Uma dor rascante percorreu meu ser... não sabia que ainda poderia doer tanto!

Os dois, sabiam o quão efémero seria.
O cachorrinho brincava com meus dedos, enquanto apertava meus olhos evitando a lagrima descer aos meus lábios.
Teria que tudo ser tão efemero assim?

Trágico

Aos poucos o cachorrinho foi distanciando: sabia que uma hora eu iria abandona-lo.
Preferiu dar o adeus antes que eu o fizesse.
Não que eu não tivesse condições para amar os dois, o cachorro e meu antigo amor.
Será que ninguém percebe isto?

Me revoltei com este estranho e pungente pensamento.

Não entendia o porque me abandonar preliminarmente... eu sempre dei todo meu coração.

Aos poucos, a claridade encontrou meu pensamento.
Tantas mãos passaram que eu entendo porque não se apegaram a mim - Eu lembrava que estas mãos furtivas, provavelmente pelo meu jeito atrapalhado de amar.
Eu não era merecedora disto, mas eu era aquela que foi feita para pagar indefinidamente pelo erro de outros.

Uma efeméride,sempre.

Sádico, não?


Por um momento, me permiti pensar na morte:
Será que visitaria seu tumulo?

Provavelmente...

Ao menos devolver as rosas que me deu.
Seu egoismo poderia ter me tirado o futuro, mas isto era definitivamente meu.


Um livro, quem sabe tudo isto o que me restou nesta jornada.
Um romance de estante, ou um Crepúsculo (rs). Quem sabe? Semelhanças nao faltam.
Escreve-lo, seria limita-lo a toda essência dele.

Mas ainda escreverei... não querendo que realmente exista um final.
Isto porque, como no filme O amante, existem coisas que não se perdem nunca.
Ainda acredito que parte de mim ainda sobra naqueles que passei.

Particularidades a parte,ainda acredito que se ainda penso em alguem, este alguem ainda pensa em mim.

Estaria eu, no auge do 30 anos sonhando como uma adolescente?

Gosto de sonhar...gosto
Gosto de acordar e ainda estar nele...gosto muito.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Eu Acredito






Hoje eu me deparei com a seguinte situação:
No meio de uma crise gástrica tão grande, e vegetariana a tantos anos, chego no super mercado e me pergunto: pra que tudo isto?

Pra que todas estas latas,este consumo alem do necessário.
Já existe gente que com e tao pouco, e tem outras que nada comem.
Pra que?

No meio deste questionamento tao sincero, me veio a seguinte resposta: Nós acreditamos.

Nós acreditamos que precisamos de comida, carro,trabalho, casa, dinheiro, jóias e relacionamentos.

Mas ai vc me fala: Eu sei que isto é necessário.

Sabe mesmo?

Quando vc era criança, todos diziam que tinha papai noel, mostro debaixo da cama,ou que a cuca ia pegar ( não que eu conheça muitos adultos que tenham perdido o medo de andar no escuro, mesmo dentro de casa).
Aos poucos vc vai vendo que as outras pessoas nao acreditam, e vc entende, ou é forçado a nao acreditar mais.

Pois bem, ai começa a nossa jornada.
Aos poucos somos forçados a acreditar que temos que trabalhar, comer, ter casa, se reproduzir, ter religião.
Mas se vc olhasse sinceramente será que vc realmente precisa?
Ou apenas continua acreditando?

Meu caros pais, seu filhos desistiram de acreditar.
Pouco a pouco, eles estão abrindo os olhos para o fracasso que foram suas vidas.
E que bom que esta acontecendo.

Isto nao é rebeldia não, ou algo a ser tratado com ritalina ou antidepressivos.
Estes eram vcs, lá na idade deles, que nao acreditava que precisava de trabalhar.... vc lembra?
Mas vc acreditou nos outros.

Seu filhos não mais.
A revolução esta ai, nestes pequenos, que estao entendendo que o valor da vida nao esta mais nas suas palavras.

Não se espantem se seus pequenos sairem pelo mundo sem querer pensar se precisa juntar dinheiro pra uma casa.

Vc esta ai, morrendo de inveja, sem querer acreditar que isto é possível.
Vc ainda acredita que tudo isto é necessário.

Até quando?


As verdadeiras respostas terminam com perguntas.