domingo, 24 de abril de 2011

Sobre força e razão, condição e mente.




Minhas medidas são outras
Meus espaços são de outras dimensões.

Escapo por entre frestas
Sou como a agua, não suporto pressões.
Escorro com o amanhecer.

Esqueço tudo, bato as portas.
Sou disforme, amorfa.
Um camaleão tão bem feito, que nunca saberás,
onde a realidade começa e a a ilusão termina.

Quero as coisas do meu jeito,
e não dos outros.
Só e sou.... do jeito mais incompreensível
e inóspito que um ser humano pode viver.

Só quero voar, tendo meus pés no chão.
Quero andar sem rumo, sem prumo, sem razão.
Pra quem sabe, um dia encontrar a condição
básica e exata da minha existência.

Ainda não sei o que prende
um coração de pedra, por força;
uma razão analitica, por medo;
uma mente ilógica, por condição.

Cada detalhe, de cada primavera,
faz diferença pra mim.
Sinto a brisa, a chuva, a vida,
me tocar de leve.
Cada sentido repercurte em mim
como um bilhão de pensamentos....
Quero guardar, sentir tudo isto de novo,
quero saber exatamente o que me faz feliz.

A vida é curta e eu sei,
por isto não gasto meus segundos a toa,
eles escorrem feito agua.
Corro contra um relógio que nunca sei quando vai parar.

Por isto não se prendam a mim,
eu nasci pra voar
tão alto que um dia ... desapareço!

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