domingo, 21 de setembro de 2014

why...


Não, ele não é todo bonito. 
Ou muito bonito.
Eu realmente não sei se ele tem um todo bonito.
Ninguém diz que tem. Mas eu vejo algo ali.
Ele tem pés bonitos e quando estão gelados.
Dedos finos de encaixe perfeito.
Entende como a gente combina?
As covas das sua barriga são um sol em meu gelo, confesso.
Quando ele passeia pela casa, quase desnudo não fosse um short velho, cabelo feito ninho em ventania, mas com seu corpo languido ao alcance dos meus olhos eu entendo o porquê dele vive em meus sonhos.
Suas pernas peludas, também.
Odeio homens que se depilam mais do que as moças.
Gosto de homem, homem.
Adoro suas coxas, também.
E o seu sorriso, é claro. Não é o mais bonito.
É escandaloso, sincero.
Me envergonha, às vezes. Mas quando ele sorri, o mundo se torna meu e a felicidade faz morada ali, entre a gente.
Eu consigo ficar feliz e mesmo assim não tirar qualquer cara emburrada dele.
 Mas ele, não. Se ele sorri, me ganha sempre em gargalhadas.
Sempre.
O que eu vi nele?
Não sei muito bem.
Mas tê-lo aqui me dá uma sensação gostosa de que tudo que deu errado outrora foi para viver aquele momento.
É até injusto, eu sei, mas antes dele, parece que o amor que dizia sentir era mera coceira no peito.

Queria poder viver nestes curtos e doces sonhos, de um passado distante....

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