sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Vendo a mim mesmo




Vendo a mim mesmo
Sem dó nem piedade.
Daquelas falsas piedades
advinda de falsos pudores e morais.

Vendo a mim mesma
mas tenho meu preço.
Viu, não é muito caro não...
É pouco, muito pouco... preste a atenção:

Sou arteira, daquelas artes que pinta o céu de vermelho
e as bruxas de cor-de-rosa.
Sei rir de dentro da alma, e chorar com toda a força.

Sei transformar o dia em noite,
o rio em cascata.

Sei cozinhar como ninguem:
transformo chuva em bolinhos
e algodão em doces.

Sei tambem acarinhar
puxar em meu colo e sonhar.
Sei tambem deitar-me lentamente
e cochilar sob os braços de alguem.

Tambem sou otima em detectar mentiras e disfarces
protejo-te dos maus e dos invejosos.

Sou fiel até que a morte
de nossos sentimentos
nos separem.

Tenho poucas exigencias, não muitas
apenas fundamentais:
Quero saber que existo para ti
e que este "ti" não seja tão distante.
Preciso que minha voz seja ouvida,tal como minhas preces.
Preciso que seja sincero,verdadeiro
indubitavelmente
como o alvorecer

Posso 1 vez morrer de fome ou de frio
mas posso morrer todos os dias por falta de amor.

É facil pagar,basta querer
e as prestações são ao longo da vida...

Quem vai querer???

Um comentário:

Dekduedro disse...

Gosto de arte,
De comer
De carinho...

Minto mal, o que
poderia, eventualmente
facilitar o trabalho.

Sou fiel, enquanto
durar o que há
pra durar... não mais.

Existirá para mim, e
não só você saberá,
Há um mundo inteiro aí

Que adoria saber,
em maior ou menor grau
que existe, e que para mim.

Não sou sempre sincero.
Mas sou genuíno, que diz
que o que digo tem valor.

E se disser que tem amor,
Acreditará,
Pois saberá que é real.

Eu compro.
=]