
Não tenho medo do que me rotulam
muito menos daquilo que pensam de mim.
Não quero ser aquilo que esperam de mim,
quero ser ardente, febril de vida
dilacerando a alma em pedaços,
daqueles que esperam por mim.
Não sou do tipo de mulher fraca,
das que fogem das brigas e que se sujeitam a quase nada.
Sou do tipo que põem a lenha na fogueira,
mesmo sendo eu que nela esteja.
Sou de brigar, amar, apaixonar,
do tipo que procura a mão sob o cobertor
para me curar da falta.
Do tipo que ama tão incondicionalmente egoista,
que sabe que as vezes a distancia é necessaria,
mas que não existe o que convença um doido coração.
Sou do tipo que constroi sonhos todos os dias
pra destrui-los no fim da noite,
só para ter o que construir no outro dia.
Sou daquele tipo que guarda coisas antigas:
bijouterias, amigos, flores.
Mas não tenho medo de joga-las pela janela
quando a mim não me serve mais.
Não, não pensei que é uma atitude ruim.
Isto me faz mais leve, dando a liberdade aos dois:
a mim e aquilo que criei.
Não quero prender a mim algo que não me serve mais,
não quero olhar e ver que sou apenas o acumulo de tudo aquilo que não serve mais.
Quero ser alguem limpa, renovada de mim,
quero me lançar a novos mares, a novas ondas.
Quero que me olhem na cara e me digam: você é louca!
Quero sim, quero ser louca de amar, ser louca de viver, ser louca de sonhar.
Sonhar tão alto que minhas pernas não alcançam, mas sonhar.
Quero ir em direção a luz, alcançar o melhor de mim.
E em todos os dias buscar realmente o que eu quis,
ser realmente aquilo que sou,
simplesmente
por ser assim: Louca!
Inspirado em:
Como la luz - Chambao
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