sexta-feira, 29 de julho de 2011

Stranger flower

 

Bem-vindo ao meu mundo
A meia luz, a meia noite
dançando dentro de mim…

A cor alaranjada do abajur,
a visão noturna da cidade,
a embriaguez permanente dos meus sentimentos.

Com olhos bem abertos,
sobrepondo tudo aquilo que sempre vi e vive,
fundo e me afogo novamente.

Nunca quis viver normalmente.
As intensidades das paixões sempre me fazem mais forte.
Não sou a mesma garota,
porém nunca deixei de se-lá.

Nunca aceitei muito bem
a morosidade dos homens,
caminhando impassivelmente pra vossas mortes.
Se vossas vidas são medíocres, para que prolonga-lá?

Lavar, comer, comprar, se reproduzir e remediar o irremediável.
Fazer tudo como máquinas, sem alma e sem emoção.
Porque nasci tão estranha que não consigo viver assim?

Há primaveras atrás
diziam que tudo isto passaria,
que ser adulto era diferente.
Passado décadas, e nada deixei
percebo que não preciso abandonar a menina que sempre fui.


Ao contrário,
as pessoas abandonam seus sonhos
vontades, desejos e paixões.
Em troca de
uma falsa estabilidade,
dinheiro que não trás felicidade,
famílias de fachada.

Quero me apaixonar todos os dias,
viver diferente cada dia, mesmo que apenas nos detalhes.
Quero justificar minha existência
e faze-lá valer a pena todos os dias da minha vida.

A penumbra continua ali, intacta.
A espera de um amor tranquilo,
suave.
Que acompanhe a balada do meu peito
e o sem jeito da minha vida.
Que me acolha em dias frio, com pernas encolhidas.
Que acompanhe a impaciência do meu pulso inquieto e irreal.
Que goste da magia da própria vida.

 

Musica inspiradora: Afterhours da Aya ( cd stranger flower)

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