quarta-feira, 22 de junho de 2011

Vida corre

 

 

Levanto meus olhos sobre o horizonte.
Não espero mais nada de ninguém.
Aprendi a sonhar sozinha,
a querer sozinha,
a aprender sozinha.

Agarro apenas no que tem de mais preciso em mim:
minha alma.

Desolada e desiludida do mundo,
não  vejo em quem confiar.
Todos quebram suas palavras,
inventam sentimentos,
se negam como ser humano.

A vida é assim, e batem nas minhas costas.
Ninguem olha pra aquilo que nao  existe mais em mim:
a paixão.

Sim, esqueci como se apaixona, como se ama.
E nem sei se quero reaprender.
Será que alguem merece isto de mim?
Será que alguem pode me reensinar a sonhar?

Minhas conjecturas se firmam a cada passo,
nao existe em quem possa confiar.

Olho a cidade do alto, sinto minha alma solitaria,
amargurada com a vida e com tudo.
Feliz por fora,  sem rumo por dentro.

Apenas sigo por seguir, por mim pararia aqui.
olhando ontem as paredes, vi que apenas as paredes mudaram.
Eu aqui, atraindo as mesmas falsidades, os mesmos olhares perdidos na multidão,
a mesma falta de compaixao.

Sim, esta sou eu afinal,
desenganada, sofrida, solitaria.
O que esperar do mundo afinal?
Apenas a mesma massa falida…. massa cerebral falida.

Alone in the dark…. again

Nenhum comentário: